O buraco na camada de ozono sobre a Antártida era no final do ano
passado o mais pequeno dos últimos dez anos, revelam as observações
realizadas pelos satélites da Agência Espacial Europeia.
A partir de meados dos anos 80 constatou-se que sobre a Antártida
aumentava durante o verão (setembro a novembro) as dimensões do buraco
na camada de ozono. Esta camada gasosa localizada na estratosfera, entre
os 14 e os 45 quilómetros de altitude, é fundamental à vida na Terra já
que absorve mais de 95% da radiação ultravioleta proveniente do Sol.
A velocidade do vento nesta região do planeta, ao acelerar a deslocação
de grandes massas de ar extremamente frio, acaba por favorecer o efeito
dos clorofluorocarbonetos (CFC), gases libertados para a atmosfera pelo
homem, sobre a camada de ozono.
No Polo Norte o efeito dos CFC é menos pronunciado devido à
irregularidade da massa terrestre e à existência de montanhas, que
evitam a formação de fortes ventos circumpolares.
Os acordos internacionais para a proteção da camada de ozono, sobretudo o
Protocolo de Montreal, reduziram a partir dos anos 90 as concentrações
de CFC na atmosfera.
Na medida em que estes gases permanecem ativos durante longos períodos,
só lá para 2050 é que os níveis de CFC na atmosfera recuarão para os
valores registados nos anos 60 do século passado.
Com base em complexos modelos matemáticos que cruzam dados recolhidos
nos últimos dez anos, os cientistas estimam que o buraco na camada de
ozono sobre a Antártida acabará mesmo por fechar nas próximas décadas.
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